Quessafoda ou a porra da vergonha

Não há nada mais degradante do que a crise que tive na semana passada. Dão-lhe um nome pomposo, lombalgia aguda, mas devia ser conhecida pel'a-puta-da-dor-que-nos-transforma-em-seres-miseráveis. Foram dias de quessafoda. Tens vontade de mijar? Quessafoda, rasteja até à sanita. Tens sede? Quessafoda, engole a própria saliva. Tens vontade de foder? Quessafoda, bate uma. Não, não batas, que depois tens que limpar a porra e não podes dobrar-te. É a porra da vergonha! Quessafoda, fecha os olhos e conta quantas gajas já comeste desde que descobriste que há vida própria entre as tuas pernas.

A dor passou e consegui finalmente usar os tomates, que nesses dias de inferno incharam como balões atestados de hélio. O pobre caralho passou dias de fome. Parecia mingar. Definhava, derrotado pela ausência de cona. Imaginam os meus amigos como é passar tanto tempo a piar fininho? Não chorem, que a coisa passou, o coiso assumiu o comando e exigiu pinanço premium.

O primeiro teste do renascimento deste pau que é de quem o apanhar aconteceu onde menos esperava: no café da aldeia. Ora, a Marlene, a rapariga feia e boa que deixa os pobre-diabos da freguesia com baba ao canto da boca, tem companhia nova atrás do balcão. A Rosa não é tão boa como a Marlene, é mais velha e mais baixa, mas é menos feia e muito mais assanhada. Imagino que o número de homens a roçarem-se no balcão tenha duplicado. Agora, o seu passatempo é comparar as peidas das moças.

Marlene à esquerda, Rosa à direita: quem devolveu a alegria ao cacete do António?


[continua...]

O homem invisível #2

[continuação...]

O Pedro comeu-a por trás, pela frente, de lado, de quatro, a cavalo, mas orgasmos que é bom, nada. A rapariga olhava-me com ar desesperado. No entanto, eu não estava disposto a entrar na festa. Era apenas o homem invisível. Além disso, depois do jantar, quase havia desmaiado de cansaço, com o nariz enfiado nas bordas apertadas de uma pachacha sevilhana. Teria sido congestão. Ou então uma cãibra, que quando começo a lamber cona melada não sei quando parar.

Linnette arregala os olhos, mordisca o lábio inferior e diz, com aquele tom gracioso de mulher latino-americana: "Quiero chupar tu compai!" Ora, o meu compadre suspirou de alívio. Fornicar é bom, mas o nível de viño fino no sangue não deixava que a porra lhe subisse à cabeça. Agora, era ele o homem invisível. Eu já estava por todas. Mas não iria mexer um dedo. Ela gatinhou até mim, desapertou-me a braguilha, agarrou-se ao pau e comentou, gulosa: "Molhadito." É verdade, isto de pingar de tesão já vem de trás...  "Sim, é molhadito, mas mama-o rapidito que tenho mais que fazer!"


O homem invisível #1


O Pedro lembrou-me noutro dia de uma viagem que fizemos a Sevilha. Foi deboche total: xerez para abrir o apetite, jamón esquina sim, esquina não, paella porque estamos na terra dela e um mogollón de conas ansiosas por picha lusa. Tudo parecia tão fácil. Era como se fôssemos dois mártires no paraíso mouro e as nossas 72 virgens à disposição. Íamos a trabalho, mas aquele calor andaluz tinha-nos transformado em libertinos da pior espécie. Como se diz por ali, no teníamos dos dedos de frente. Ora, quem precisa de dois dedos de testa se está com os tintins maiores do que o nabo? Naquela idade, a fome é sempre muita. Por muito que se coma...

Não vou aborrecer-vos com putaria que não ficou para a história. Mas deixem-me contar-vos sobre a madrugada em que o Pedro me ligou, a suplicar que fosse ao quarto de hotel dele. "Tenho aqui uma exibicionista. A tipa diz que só fode se estiver alguém a ver-nos." Parecia gozo, mas não era. E se um amigo meu quer gozar em boca alheia, não vou ser eu o estraga-fodas. Além disso, há taras piores. Conheci uma que gostava de ser esbofeteada na cara com o caralho. Conheci uma outra que só atinge o orgasmo quando ouve os seus próprios joelhos estalarem de dor enquanto cavalga no vergalho.

Quando entrei no quarto, dei de caras com uma morena de cair para o lado. Estava sentada na borda da cama, nua, à espera de público, feita cara-de-pau. "É cubana. Linda de morrer, não é?" Era! Saquei um bourbon do minibar e atirei-me para o sofá do canto, fodido da vida por não ser eu a comer a gaja. A Linnette, que quer dizer graça na terra dos irmãos Castro, era católica. Percebia-se pelo número de vezes que chamava por Deus quando o meu amigo forçava a entrada naquela cona. "Dios mio", gritava. "Oh, si cariño", guichava. Não havia santo que lhe valesse.

[continua...]

Na cama de um a provocar o outro


- Acordei... preguiçosa.
- Vê-se. E com frio.
- Estou em casa do gajo... pequeno.
- Estás o caralho.
- Estou, a sério. Arranjei uma forma dele crescer.
- Tens que me contar.
- Exige ginástica. Mexo mais a anca e a coisa vai.
- Mas isso não faz crescer.
- Pois. Dei-lhe um empurrãozinho. Arranjei aquela droga do amor que faz maravilhas.
- Tu queres é mangalho e saiu-te um pirulito.
- Não sejas parvo. Vou desligar, que tenho que me focar.

Limpinho, limpinho mais uma vez

- O que aconteceu entre nós não pode repetir-se!
Já tinha percebido que a Sofia muda de humor como troca de mão a malhar no galho. É um ver se te avias! Ora à direita, ora à esquerda, o que lhe interessa é sentir o caralho esticar-se boca acima. Na punheta, meus amigos, ela nasceu com o cu virado para a lua: ambidestra. Desta vez, no entanto, acordou com os pés de fora. Até parecia um põe-te na alheta...

Pôr na alheta: expressão náutica que significa fugir.
Alheta é a junção do painel da popa com o costado

Não pedi esclarecimentos, que não sou gajo para fazer parte de fraco. Quando sinto os tomates apertados, apertadinhos, sou um doce de pessoa. Agarro-me à braguilha e imagino a moça a afagar o pau como se fosse vidrinho de cheiro. Respondi:
- A culpa é tua. Tens pele de veludo.
- Pois tenho. E tu estás a fazer a cona.
- Fazer-me à cona?
- Também. Mas não é isso.
- Fazer a cama?
- Também não. É mesmo fazer a cona. Não és daqui, não conheces a expressão. Fazer a cona é quando não gostas de nada, mas tens que dar um bocado de conversa para disfarçar.

Não precisava de disfarçar, que a Sofia dá-me água pela barba* mas vale todo o leite derramado. Não ando a fazer-lhe a cona, mas não me dou por derrotado. Além disso, o galanteio depois do susto até teve final feliz.
- Esse teu caralho...  Estou com vontade de te comer. Com a boca, como da outra vez.
- Só com a boca?
- Só! Assim nunca poderás dizer que me comeste.

*Na vela, barba é a proa da embarcação. Quando a água está pela barba, a situação torna-se difícil.

Limpinho, limpinho

Vejo-a quase todos os dias, à porta da escola, enquanto esperamos pelas crianças e, à distância, não nos deixamos cair em tentação. Nunca mais vos falei da Sofia, porque o marido regressou de França e a coisa arrefeceu. Ora, o ócio do cônjuge é, como sabem, o pior inimigo da queca extra-conjugal. Há tesão no ar, mas ela morre de medo que alguém descubra. Eu só estava à espera de uma oportunidade. Aconteceu ontem, estava eu de olhos postos naqueles pernas de causar alvoroço na verga mais casta.


Os putos andavam numa excursão e já passava da hora marcada para o regresso. Além disso, ameaçava chover. "Estão hora e meia atrasados", avisam-nos na portão da escola. Era a minha oportunidade. Encosto-me a ela, fingindo um olá de circunstância, e segredo: "Vamos dar uma volta!" Ela olha em volta e percebe que não há ninguém por perto. "Vamos!"

Paro o carro junto a um souto abandonado e passo a mão pela sua coxa. Puro veludo...
- Era só para conversar, não era?
- Era?!
- Não faças isso... Não posso... E depois?
- Depois vais confessar-te a outra freguesia.
- Se nos apanham, é um escândalo.
- Perder tempo a falar da vidinha é que é escandaloso.
- Eu quero... Tanto... Mas não posso...
- Cabra!

Um azar do caralho


De tudo o que podia ter dito - e até podia dizer que preferia ser enrabada por um pigmeu - tinha mesmo que fazer-se de sonsa? A coisa conta-se numa rapidinha. Doce que sou, ofereci-lhe massagens e colinho nestes dias em que a Carla C. se sente mais carente. Já sabem como sou: não deixo escapar uma oportunidade para sacar pito frágil. Já a esfregar o pau de contente, saiu-me uma frase tão lamechas que nem parecia minha:
- Tenho saudades da tua cona!
Um pouco boçal, confesso, mas fofinho, não? Pasmem agora com a resposta:
- Azar!
Azar?! Azar?!?! Azar?!?!?! Tipo... que se foda?! Ou tipo... cala-te e fode-me?!
A-z-a-r. Fui desarmado por quatro letras apenas. E não foi amor...

Ando entretida, não me posso perder com isso

Esta manhã quis provocar a Paula. E só há uma forma de provocar esta mulher pequena com um enorme apetite: com o caralho em riste. Mandei-lhe esta imagem e ela contou-me uma história... surpreendente.


- Que lascividade logo de manhã.
- É de manhã que se torce o pepino. Achaste demais?
- Achei louco. Numa bela proporção.
- És gaja para o deixar proporcionalmente maior?
- Agora ando entretida. Não me posso perder para esses lados.
- Boas novas?
- É um gajo que me quer tirar do sério. Não me posso perder com essas vistas.
- É pecado?
- Pecado és tu. Deves ser bruxo. Eu e ele andávamos no vai não vai e ontem foi. Sabes como é, tasca, bacalhau frito, cebolada, vinho verde... E eu, que ando sempre a imaginar, imaginava aquilo bem maior. E hoje apareces tu. Coincidência... grande.
- Mas ele é... petit?


Gostas de mim 'mor?

Recebo uma mensagem da Susana. Lembram-se dela? Tem mamas de proporções épicas e uma cona pingo de mel...
- Saudades. Por onde andas?
- Lado nenhum.
- Adoro-te!
- Ui, que doce. Passa-se alguma coisa...
- Penso em ti.


Agarrei-me à braguilha ao receber a foto. Duro que nem um pau.
- Estou a fica apaixonada. Achas normal?
- Isso é perigoso.
- Nem parece meu. Não me apaixono por ninguém.
- É porque eu sou muito bom.
- Idiota!
- É verdade, sou uma besta. E estou a ficar com uma verga...
- Farto-me das pessoas rapidamente e ainda não me fartei de ti. É estranho. Nem sei porque penso em ti. Enfim, bates forte cá dentro.
- Se bato. Forte e feio.
- Cala-te! Só pensas em sexo. Estou a falar de sentimentos. Gostas de mim 'mor?

'Mor?!?! 'Mor?!?! Terá chegado a hora de acabar com a coisa antes que ela queira uma coisa séria? Eu já lhe dou a resposta, mas antes vou acabar o que já ía a meio: uma punheta de olhos postos nesta rata em forma de jpeg.

Viva a rés púbica!


Hoje vou à caça de uma rés púbica. Estou com vontade de uma valente pentelheira. Não, não quero uma pintalhuda, que o meu pau está farto de mulheres cheias de pinta, muita parra pouca uva, muita ginga e pouco jeito para pinar. Estou com saudades de desbravar mato, de andar à procura da pachacha perdida entre pêlos púbicos. Pelo que já vi, é uma espécie em perigo de extinção. Também não será fácil encontrá-la. Não estou à espera de a ver aos pulos, a gritar "aqui há pêlo!" Mas eu, que sou um radical republicano, não perco a esperança. Se anda por aí alguma, que se mostre. Que apite. É que hoje estou cheio de apetite por pito assim.

Make up sex ou a foda-faz-as-pazes

A Luísa não podia reclamar para sempre. Sabia que não a levava a lado nenhum. Ou seja, não nos levava para a cama, que é onde a gente se entende. Pelo menos, é onde eu a entendo. Por isso, decidiu recorrer à memória, que é inversamente proporcional à minha sarda: curta. "Lembras-te do nosso primeiro encontro?" Vagamente, pensei, já de pau feito, mas não o disse porque sou educado e não seria simpático ouvir-me dizer que só estava interessado em ir-lhe à cueca. Convidei-a para jantar. Sabia que precisaria de muita paciência e o tinto certo para a pranchada fácil.

Preferia jogar às escondidas com ela, mas a Luísa parecia mais interessada em recordar bons velhos tempos, que se resumia, no nosso caso, a uma valente queca.
- De que te lembras?
- Das tuas sardas.
- Ah, o mapa-mundo.
- É uma constelação. Andrómeda, talvez. Mas tenho que ver novamente para confirmar.
- De que te lembras mais?
- Dos teus gemidos.
- Gemo? A sério?
- Ronronas.
- Mas não arranho.
- Não. Esfregas-te.
- Eu lembro-me de viajar em ti. de te apertar entre as pernas. De te lamber o pescoço. De te lamber o sexo. E não parar. Até explodires de prazer. Uma e outra vez. E de não te largar na minha boca.
- Tenho que ir à casa de banho.
- Não preferes ir para minha casa?


Tens livro de reclamações?

Porque é que as mulheres têm esta mania de cobrar?  Não queria generalizar, mas nestes anos todos a comer conas só encontrei uma excepção à regra e casei com ela... Se calhar estou a ser injusto. Haverá uma mão cheia de mulheres no planeta que gosta de foder sem reclamar, mas provavelmente eu tenho azar ao amor. Isso ou elas não gostam de grandes caralhos. Preferem moços mais mansos do que aqui o vosso amigo. A Luísa, que, devem lembrar-se dela, tem sardas em vez de pêlos, decidiu reclamar da cambalhota [do pós-coito, para ser preciso] que demos há meses.

Atenção: a conversa que se segue é imprópria a pessoas sem sentido de humor:
- Saíste a correr e nunca mais disseste nada.
- Demorei 24 horas a dizer olá.
- Fui receber um ministro e voltei só para te ver...
- O trabalho é fodido.
- Nem apareceste mais. Depois vens dizer que gostas de mim.
- Se gosto! Em cima de mim...
- Ora, isso não dá jeito quando vais trabalhar.