A cabeleireira travessa da Rua da Glória

A Mónica, que se desfaz em mimos ao meu couro cabeludo desde que cheguei ao Minho, já tinha prometido fazer-me a barba à moda antiga: com navalha. A coisa, no entanto, nunca se deu. Não é a cortar pelos faciais que ganha a vida. Estava desgraçada se assim fosse. O lucro está nas cabeleiras escassas e alvas das velhas que adornam a aldeia. Precisam de tinta e a cor paga-se. É à pincelada que ela consegue comprar os vestidinhos alegres e curtos com que se passeia pelo salão, ali mesmo, na Rua da Glória.

Foi uma estreia para ambos. Ela nunca havia feito a barba a nenhum homem e eu nunca tinha feito a barba que não pela minha própria mão. Tinha que ser especial, portanto. Aconteceu no passado feriado de missa, como se diz por aqui, à porta fechada, porque em dias normais só dá para 5 euros de tratamento capilar: lavar, lançar conversa fora, cortar, bocejar com a conversa de circunstância, lavar de novo e aparar. No entanto, dá para perceber que a mulher tem brilho no olho. Dá uns risinhos sacanas ao agarrar-me o cabelo, sacode as ancas quando passa da patilha direita para a esquerda e baixa os olhos em direcção ao meu baixo-ventre sempre que me trata das repas.


Recebeu-me com um piscar de olho: "Hoje sou a sua barbeira!" Enquanto o resto da aldeia ouvia o sermão do cura, ela exibia a navalha impecável com que iria fazer o trabalhinho. Não era só isso que a Mónica mostrava. Usava saia de manga curta que anunciava umas pernas perfeitas para me fazer uma tesoura. Vestia ainda uma camisa 2 ou 3 números abaixo do dela, uma montra perfeita para aquele gigantesco par de mamas.


Imaginei imediatamente uma pachacha inchada e bem aprumada e logo o caralho deu sinais de que estava pronto para a cambalhota. Ora, como já não tenho 18 anos, acelerei o tempo de engate para sacar fora aquela roupa de montada fácil e assim chafurdar naquela cona de menina do shopping.

- Élá!!! É dia de festa Mónica?
- Ihihihihihih... É a nossa primeira vez. Tem que ser como deve ser.
- Ui. Já me disseram que o pecado é como a barba: reproduz-se e é preciso cortá-lo todos os dias.
- Ihihihihihih...
- Também há quem diga que até um homossexual precisa de mulher para lhe fazer a barba.
- Ihihihihihih... O doutor é maricas? Ihihihihihih...
- O que te parece?
- Ihihihihihih... Parece-me homem de barba rija. Ihihihihihih...
[Eu digo-te o que é rijo, pensei.] Sorri, agarrado à braguilha, e fiz-me à febra:
- E tu pareces-me mulher travessa.
- Ihihihihihih...
- Hoje és doce ou travessura?
- Ihihihihihih... Hoje é dia santo. Não posso pecar. Ihihihihihih...
- Se pecares, confessas-te a seguir.
- Ao padre não conto nada. Ihihihihihih... Tem língua comprida.
- Então fica entre nós.
- Sente-se aqui, que com tanta conversa a barba cresce.
- Não é só a barba que está crescida.
- Já vi. Ihihihihihih... Eu trato de si como merece. Venha cá!
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12 comentários:

  1. estas mamas a cair pelo blog dão todo um outro nivel aqui ao espaço :P

    suponho que esta história tenha continuação, cá para mim a moça acabou por ir verificar se não precisavas de aparadelas capilares em outras partes do corpo xD

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    1. ainda pensei em neve como símbolo do natal, mas as mamas pareceram-me mais apropriadas. precisas mesmo que te conte como terminou a história?

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  2. Tu és o maior criador de publicidade ao comercio local do sítio onde moras,hehehehe,não à negócio,que tenha uma mulher a frente,que te escape,hehehehe

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  3. Nem consegui ler nada por causa das mamas dançantes. Muda lá isto pahh

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  4. Sempre com instigantes estórias. Gosto de te ler. Deixas-me a pensar...e muito... hehehe


    Gostava de receber a sua visita- http://prazeresecarinhossexuais.blogspot.pt/

    Beijo

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  5. Um dia vi mamas a descer ...Não gostaram. E que tal umas bocetas meladas? tenho a certeza que vão gostar :)))... (brinco) ...Fantástico texto cheio de tesão e bom sentido de humor.

    Beijos melados :)))

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